Por
Jeane Pontes
Brincar
desperta a curiosidade, estimula a criatividade, proporciona o contato social e
o trabalho em equipe. Apesar dos benefícios, a brincadeira vem perdendo espaço
no desenvolvimento da criança. Com a vida agitada, os pais estão cansados
demais, ou apressados demais para brincar com seus filhos e, como forma de
compensar a ausência, preenchem a agenda da criança com aulas e atividades, não
sobrando espaço para a brincadeira.
Por outro lado, a rua que antes era um
dos locais preferidos dos meninos e meninas já não é mais segura, e os prédios
com suas regras, limitam o prazer de brincar ao ar livre fazendo com que a
criança passe mais tempo dentro de casa na companhia de aparelhos eletrônicos.
O documentário Tarja Branca- A Revolução que faltava, dirigido por Cacau Rhoden e produzido pela
Maria Farinha Filmes e pelo Instituto Alana, mostra a brincadeira como uma prática
essencial para uma vida mais prazerosa tanto para a criança quanto para o
adulto. Ao relembrar brincadeiras antigas, o filme trás depoimentos de
pesquisadores, artistas e pedagogos sobre o brincar na infância e como isso reflete
na vida adulta.
A
liberdade no brincar, as formas de brincadeira e o prazer que está associada à
atividade são algumas das questões colocadas no filme, nos levando a pensar
como é vista a brincadeira na sociedade. Brincar e se divertir é fundamental
para o crescimento e é um direito garantido através da Declaração dos Direitos
da Criança (1959) e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a ser defendido.
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