Descrição
para cegos: foto dos 6 palestrantes durante o evento. Da esquerda para a
direita, Aline Oliveira, Junior Pinheiro, Janaína Santos (falando ao microfone)
e Felipe Gesteira.
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Por Feliphe
Rojas
Juventude, Vulnerabilidade Social e Cobertura
Midiática foi tema de mesa redonda
ocorrida no Centro de Comunicação, Turismo e Artes da UFPB na última
terça-feira. O evento foi promovido pela Secretaria de Juventude, Esporte e
Lazer (Sejel) do Estado e contou com exposições da gerente operacional de
Equidade Racial da Secretaria de Diversidade Humana, Janaina Santos, do
editor-chefe do jornal A União, Felipe Gesteira, do diretor executivo de
Desenvolvimento Estudantil da Secretaria de Educação do Estado, Tulhio Serrano,
da subeditora do G1 Paraíba, Aline Oliveira, e do subeditor do caderno de
Cidades do Correio da Paraíba, Júlio Silva. O debate foi mediado por Júnior
Pinheiro, representando a UFPB.
A representante
da Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana, Janaina Santos,
destacou a maneira negativa como a juventude negra é representada. "Se um
jovem negro vem correndo na rua, logo dizem que ele está fugindo da polícia e
se o jovem negro está parado na esquina, logo ele é visto como suspeito. O que
precisamos é mudar esse estereótipo que a mídia passa para a sociedade", afirmou.
Felipe
Gesteira, editor-chefe do jornal A União, por sua vez, citou a importância de
uma regulação da mídia pois, segundo ele, há uma fragilidade na concessão
pública dos veículos de comunicação e, portanto, a violência contra jovens e
minorias sociais é banalizada. “Se há espaço na grande mídia para veicular
tanto interesses de empresários e políticos quanto a difusão de conteúdo que
banaliza a violência e desqualifica as minorias sociais em nome da audiência, a
exemplo de programas policiais, é porque existe uma concessão pública que permite
tal prática”, destacou.
O diretor
executivo de Desenvolvimento Estudantil da Secretaria de Educação do Estado,
Tulhio Serrano, repudiou a maneira como o jovem é retratado na mídia, sempre
como um problema. “Nesse debate a gente analisou como a mídia trata o jovem e o
que ele representa realmente para a sociedade. Acredito que a mídia tem que
rever esse conceito e tratar o jovem como solução e futuro da nação”.
A subeditora
do site de notícias G1 Paraíba, Aline Oliveira, falou do esforço feito pelo seu
veículo de comunicação para retratar a juventude de uma maneira positiva.
“Nossa equipe trata com muita sensibilidade temas transversais e temos o
cuidado com a violação de direitos de qualquer jovem que esteja em situação de
vulnerabilidade social, seja uma vítima ou agente da violência. Não é nosso
papel julgar ou denegrir a imagem; nosso compromisso é com a informação”,
esclareceu.
O subeditor
do caderno de Cidades do jornal Correio da Paraíba, Júlio Silva, destacou que a
imprensa tem o papel de cobrar o bom funcionamento da sociedade para que a
juventude tenha seus direitos garantidos. “As instituições precisam funcionar
bem, para que a juventude tenha acesso a direitos fundamentais, como educação e
saúde. Nós, comunicadores, temos a responsabilidade de construir isso por meio
da informação, fazendo um jornalismo diferenciado”.
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