Descrição para cegos:
ilustração mostra um garoto dirigindo um trator
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Por Gislayne
Borges
A partir do próximo
ano, o Espírito Santo contará com o mês de junho dedicado ao debate sobre o
trabalho infantil. Sancionada pelo Governo do Estado, a Lei de nº 10.755/2017
foi criada com o intuito de discutir, durante todo o mês, a prevenção e
erradicação de trabalhos realizados por crianças e adolescentes com idade
inferior à permitida pela atual legislação.
O deputado estadual,
Sergio Majeski (PSDB), autor da lei, argumentou ser necessário um mês específico
para o trabalho voltado para a educação, visto que todos os dias crianças são
prejudicadas em consequência do trabalho infantil.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a atividade laboral é proibida para menores de 14 anos, porém aqueles que tiverem idade entre 14 e 15 anos, podem trabalhar na função de aprendiz. Entre 16 e 17 anos, é liberado às demais atividades, desde que não comprometa o rendimento escolar ou esteja na lista das piores formas de trabalho infantil (TIP).
O mês foi escolhido
em decorrência do dia 12 de junho, com base no Dia Mundial do Combate ao
Trabalho Infantil, criado em 2002 pela Organização Internacional do Trabalho
(OIT), uma agencia vinculada a Organização das Nações Unidas (ONU). Sob a lei
11.542/2007, o dia foi introduzido na legislação nacional como data permanente
no calendário da luta contra o trabalho infantil.
Com base em dados do
IBGE, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) realizou
uma pesquisa que aponta aproximadamente 2,6 milhões de crianças e adolescentes
em situação de trabalho infantil. A região Sul do país tem a maior concentração
de crianças e jovens nessa condição, seguida pela região Nordeste.
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