Descrição para cegos: foto mostra quatro mãos de crianças segurando grades. |
Por Marília Cordeiro
O sequestro e recrutamento de crianças tem se
tornado umas das mais recorrentes táticas de guerra de grupos como Estado
Islâmico (EI) e Boko Haram. Segundo a ONU, essas estratégias estão sendo
utilizadas de forma sistemática para aterrorizar, submeter e humilhar comunidades.
Segundo o último relatório do Comitê dos
Direitos da Criança das Nações Unidas, a maioria dos crimes são cometidos
contra menores de idade. Meninas são vendidas como escravas sexuais, jovens com
deficiência mental atuam como homens bomba, crianças são crucificadas ou enterradas
vivas. Tudo em nome do poder e do extremismo religioso.
O relatório
também cita que grande parcela tem morrido de desidratação, fome ou calor.
Alguns jovens são usados para propaganda nas mídias do Estado Islâmico, onde
aparecem fardados convidando pessoas de todo o mundo para se juntarem ao grupo.
Quando
assunto é guerra, entra em pauta a escassez de direitos básicos. De acordo com
a Unicef, das 14 milhões de crianças e jovens que sofrem com os conflitos no
Oriente Médio, 2 milhões estão situadas em áreas onde a ajuda humanitária não
tem acesso. Não estudam, não se alimentam adequadamente e estão a mercê de
abusos e doenças.
Esses grupos
extremistas continuam suas marchas contra as forças que, segundo eles, são
infiéis, recrutando e preparando uma geração para erguer a bandeira de uma fé
distorcida. Para as crianças que convivem com essa realidade, a guerra e a brutalidade
é tudo que conhecem, para os adolescentes e jovens, o terror determina o futuro.
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