domingo, 31 de julho de 2016

Festival celebra 26 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente

Descrição para cegos: são 2 fotos, uma sobre a outra. Na de cima, 9 adolescentes tocam instrumentos musicais e cantam sobre um palco decorado na parte inferior com as bandeiras dos municípios de Cabedelo e Lucena e da Paraíba. Na foto de baixo aparece o auditório lotado com a plateia voltada para o palco onde dois adolescentes falam em microfones. Nas duas fotos, na parede atrás do palco, há cartazes relacionados aos 26 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Por Luíza Araújo

Na tarde da última sexta-feira, jovens, educadores e membros de organizações públicas se reuniram para encerrar a programação comemorativa dos 26 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). O auditório da Federação Espírita da Paraíba teve em seu palco o II Festival Intermunicipal ECA: ReivindicAR-TE, em que crianças e adolescentes tiveram a oportunidade de representar artisticamente a luta pelos seus direitos.

A segunda edição do evento, realizada em parceria com a Remar (Rede Margaridas Pró-Crianças e Adolescentes da Paraíba), conselhos municipais e redes de proteção à criança e ao adolescente, reuniu sete municípios da Paraíba (Bayeux, Cabedelo, Cruz do Espírito Santo, João Pessoa, Lucena, Santa Rita e Sapé).
Os temas do ReivindicAR-TE foram os mesmos da campanha anual do ECA, feita pela Agência Mayday: contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, contra a redução da maioridade penal e contra a exploração do trabalho infantil.
As apresentações infanto-juvenis contaram com manifestações artísticas como coral, dança, teatro e música. Em todas, o conteúdo apresentado reivindicava os direitos presentes no Estatuto, através de uma linguagem acessível a todas as idades, unindo interpretação das leis, artes e juventude. Gritos como “Pula, sai do chão! O Estatuto é solução” ganharam destaque no evento.
Cada município apresentou a sua melhor performance no II Festival Municipal ECA: ReivindicAR-TE, que teve sua programação iniciada no dia 13 de julho, data em que o ECA completou 26 anos.
Para Conceição Vanderlei, coordenadora do Remar, o evento é importante para o incentivo do senso crítico dos adolescentes em relação ao Estatuto. “Não adianta só a luta do adulto, tem que ser a luta também do adolescente. A lei é para ele, ele é quem tem que ser o protagonista da história”. Como exemplo, um adolescente integrante da comissão organizadora do ReivindicAR-TE, que afirmou ter tido seus direitos violados quando mais novo. Através do conhecimento do Estatuto, pôde mudar sua situação, tornando-se militante. Hoje, ele integra o G-38, uma comissão do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) para discussão de políticas públicas para crianças e adolescentes, buscando não só os direitos dele, mas também de outros jovens.

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