Por
Clara Rezende
A Coordenadoria Estadual da Infância e
da Juventude do Tribunal de Justiça do estado de Santa Catarina
lançou, no último dia 8, a cartilha Os super adultos de confiança
que objetiva conscientizar crianças e adolescentes sobre como
identificar a violência sexual e como agir para proteger-se dessa
violação. O material foi lançado em alusão ao dia 18 de maio,
data Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes.
Por meio de uma história em quadrinhos,
ela apresenta quatro personagens que passam por diferentes situações
relacionadas ao tema e se encontram na escola, onde, em uma palestra,
recebem orientações sobre a gravidade do problema.
O primeiro episódio traz Mariana, uma
adolescente que, ao tomar banho, é fotografada sem roupa por
Fabinho, seu irmão mais novo, que fez um acordo com seu padastro
para registrar essa imagem em troca de uma pequena quantia de
dinheiro.
No segundo, Lucas, uma criança - após
ter pego as bonecas da irmã para ver o que havia debaixo das roupas
delas - tem uma conversa séria com seu pai sobre respeitar a vontade
e o corpo dos outros.
O episódio seguinte retrata a jovem
Carla que, dentro do ônibus, a caminho da escola, se depara com uma
situação desconfortável: um homem está muito próximo dela e faz
um convite para que eles desçam do ônibus juntos, o qual ela não
aceita.
Todos esses personagens, embora tenham
idades aparentemente diferentes, têm algo em comum: são vítimas ou
agentes indiretos da violência sexual, mas não percebem a gravidade
desses atos.
É então, no último episódio, que o
uso de uma abordagem lúdica para auxiliar na orientação desse
público ganha destaque. Surge a figura do “A.C.” ou “Adulto de
Confiança” como o herói da narrativa, ou seja, aquela pessoa que
se preocupa com esses menores e para quem eles podem contar o que
acontece em suas vidas.
Um dos intuitos da cartilha também é
diminuir o medo e a vergonha que impedem crianças e adolescentes de
relatar o que está ocorrendo e, além disso, mostrar que existe uma
rede de pessoas e instituições preparadas para lidar com essas
ocorrências e denúncias, a exemplo do Conselho Tutelar, Disque 100
– Direitos Humanos, escolas, delegacias comuns e especializadas e a
Promotoria de Justiça da Infância e juventude.
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