quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Redes juvenis realizaram encontro na UFPB

Descrição para cegos: foto das 5 palestrantes na mesa do evento. Na frente da mesa está uma faixa alusiva ao evento, nela constam o nome do evento, as instituições organizadoras e o logotipo da campanha, em formato de flor. À direita, há um banner comemorativo dos 27 anos do ECA, ilustrado por uma mão que segura balões coloridos. Em uma tela ao fundo, está sendo projetado um slide com os desafios da implementação do ECA.
                                                             Por Neia Alves

         A proteção a crianças e adolescentes no Brasil conta com um importante instrumento: as Redes juvenis, integradas por instituições que livremente se associam, com a finalidade de articular, integrar e potencializar um trabalho que vinha sendo realizado individualmente, de forma compartimentada.
Têm como características: adesão espontânea, identidade própria, sentimento de pertencimento, missão conjunta, interação e articulação, e divisão de responsabilidade.
Adota como metodologia participação, crítica, criatividade e ética, possibilitando a vivência do espírito de rede, ou seja, a interação, a articulação conjunta e a construção coletiva buscando o compromisso com a solidariedade, a igualdade e a justiça social.
Com o objetivo de trocar experiências de saberes entre as Redes de proteção a crianças e adolescentes na Paraíba, essas Redes realizaram um evento no final de outubro no Campus da UFPB em João Pessoa. Constou do seminário Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes: discutindo as redes e do VI Intercâmbio das Redes de proteção Integral. O objetivo foi fortalecer a caminhada e a gestão, nas perspectiva da efetivação da política de proteção integral e do Sistema de Garantia de Direitos (SGD),
O evento que acontece desde 2012, abordou temáticas de como as Redes foram criadas, os desafios da implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), contexto neoliberal, políticas de proteção social, Lula e Dilma na implementação Sistema Único de Assistência Social (SUAS), pós-neoliberalismo, neoconservadorismo, e a composição do SGD.
No evento, teve destaque o trabalho de Cristina Chaves, resultante de sua pesquisa de mestrado, intitulado Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes: articulações em redes na cidade de João Pessoa. Cristina também compõe o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Crianças, Adolescentes e Famílias (GEPAC).
Célia Dantas, integrante da Rede Margaridas (Remar), acredita que quanto mais existirem Redes para ajudar e proteger crianças e conscientizar a população, mais conseguirão diminuir a violência e infrequências nas escolas.
Teomary Alves, representante das Redes Locais, defende a necessidade de aprender a pensar nas escolas, e que elas devem ser moldadas. E é preciso aliar-se a escolas e Creis, para que ocorram melhorias e soluções de problemas, pois a prioridade é o bem estar das crianças e jovens.
Socorro Vieira, pesquisadora  do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos, defende igualdade de voz para as crianças e aproveitou para divulgar a plataforma digital Rede Criança PB, desenvolvida pela UFPB e Secretaria Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (SEDH-PB) com o objetivo de agregar e deixar mais próximas todas as Redes da Paraíba, para que juntas possam sistematizar e disponibilizar informações sobre os serviços de atendimento, proteção e garantia dos direitos de crianças, adolescentes e famílias de todos os municípios.
O debate mediado por Senharinha Soares foi organizado pelo Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH) e contou com a participação de membros de diversas Redes. O público, composto por estudantes e funcionários das mais diversas áreas e jovens integrantes da Casa Pequeno Davi, tiveram a oportunidade de contar um pouco das suas experiências e fazer perguntas à banca. Posteriormente, em sessão fechada, as Redes se reuniram para planejar as atividades do próximo ano.

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