Por Neia Alves
A
proteção a crianças e adolescentes no Brasil conta com um importante
instrumento: as Redes juvenis, integradas por instituições que livremente se
associam, com a finalidade de articular, integrar e potencializar um trabalho
que vinha sendo realizado individualmente, de forma compartimentada.
Têm
como características: adesão espontânea, identidade própria, sentimento de
pertencimento, missão conjunta, interação e articulação, e divisão de
responsabilidade.
Adota
como metodologia participação, crítica, criatividade e ética, possibilitando a
vivência do espírito de rede, ou seja, a interação, a articulação conjunta e a
construção coletiva buscando o compromisso com a solidariedade, a igualdade e a
justiça social.
Com o objetivo de trocar experiências de saberes entre as Redes de proteção a crianças e adolescentes na Paraíba, essas Redes realizaram um evento no final de outubro no Campus da UFPB em João Pessoa. Constou do seminário Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes: discutindo as redes e do VI Intercâmbio das Redes de proteção Integral. O objetivo foi fortalecer a caminhada e a gestão, nas perspectiva da efetivação da política de proteção integral e do Sistema de Garantia de Direitos (SGD),
Com o objetivo de trocar experiências de saberes entre as Redes de proteção a crianças e adolescentes na Paraíba, essas Redes realizaram um evento no final de outubro no Campus da UFPB em João Pessoa. Constou do seminário Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes: discutindo as redes e do VI Intercâmbio das Redes de proteção Integral. O objetivo foi fortalecer a caminhada e a gestão, nas perspectiva da efetivação da política de proteção integral e do Sistema de Garantia de Direitos (SGD),
O
evento que acontece desde 2012, abordou temáticas de como as Redes foram criadas,
os desafios da implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),
contexto neoliberal, políticas de proteção social, Lula e Dilma na
implementação Sistema Único de Assistência Social (SUAS), pós-neoliberalismo,
neoconservadorismo, e a composição do SGD.
No
evento, teve destaque o trabalho de Cristina Chaves, resultante de sua pesquisa
de mestrado, intitulado Sistema de
Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes: articulações em redes na
cidade de João Pessoa. Cristina também compõe o Grupo de Estudos e
Pesquisas sobre Crianças, Adolescentes e Famílias (GEPAC).
Célia
Dantas, integrante da Rede Margaridas (Remar), acredita que quanto mais
existirem Redes para ajudar e proteger crianças e conscientizar a população,
mais conseguirão diminuir a violência e infrequências nas escolas.
Teomary
Alves, representante das Redes Locais, defende a necessidade de aprender a
pensar nas escolas, e que elas devem ser moldadas. E é preciso aliar-se a escolas
e Creis, para que ocorram melhorias e soluções de problemas, pois a prioridade
é o bem estar das crianças e jovens.
Socorro
Vieira, pesquisadora do Núcleo de Cidadania
e Direitos Humanos, defende igualdade de voz para as crianças e aproveitou para
divulgar a plataforma digital Rede Criança PB, desenvolvida pela UFPB e
Secretaria Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (SEDH-PB) com o objetivo de agregar
e deixar mais próximas todas as Redes da Paraíba, para que juntas possam
sistematizar e disponibilizar informações sobre os serviços de atendimento,
proteção e garantia dos direitos de crianças, adolescentes e famílias de todos
os municípios.
O
debate mediado por Senharinha Soares foi organizado pelo Núcleo de Cidadania e
Direitos Humanos (NCDH) e contou com a participação de membros de diversas Redes.
O público, composto por estudantes e funcionários das mais diversas áreas e
jovens integrantes da Casa Pequeno Davi, tiveram a oportunidade de contar um
pouco das suas experiências e fazer perguntas à banca. Posteriormente, em sessão
fechada, as Redes se reuniram para planejar as atividades do próximo ano.
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