Por Gleyce Marques
Maria Fernandez, com 15 anos, já trabalha para ajudar no sustento da família. Se sente responsável pela criação de seus dois irmãos menores, já que sua mãe trabalha em período integral e não tem tempo, nem condição de acompanhar o crescimento dos meninos. “Quando dá, eu vou pra aula, mas infelizmente o cansaço às vezes vence, prefiro descansar a mente depois que chego do trabalho”, disse.
Maria é uma das vítimas da vulnerabilidade socioeconômica brasileira. Dados da pesquisa do IBGE em novembro de 2017 aponta que mais de 1,8 milhões de crianças de 5 a 17 anos estão em situação de trabalho infantil nessa situação no Brasil.
Considera-se trabalho infantil, toda forma de trabalho que priva as crianças e adolescentes de experiências próprias da sua idade, com direito à educação e ao lazer, com uma carga de responsabilidade desproporcional, além disso, fazem com que exerçam atividades inadequadas a sua estrutura física e psicológica, colocando sua saúde e segurança em risco. “Eu estava cozinhando feijão na panela de pressão, quando fui abrir, ela explodiu na minha barriga, me queimou, e fiquei por muito tempo trabalhando na casa da minha patroa com dor”, relatou Maria.
Confira o caso que aconteceu na capital pessoense.
Para ter uma maior dimensão, entre 2007 e 2017, 40.849 meninas e meninos se acidentaram enquanto trabalhavam, sendo 24.654 de forma grave e 236 perderam a vida. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.
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