Por
Mateus Araújo
Na última segunda-feira (6), a
Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia
(SJDHDS) divulgou o número de casos atendidos pelo Observatório
de Violação dos Direitos das Crianças e Adolescentes que atuou durante sete
dias no carnaval de Salvador, e apontou o trabalho infantil como causa
principal das ocorrências.
Foram registrados pelo órgão mais de 1,4 mil atendimentos nesse período e desse número 778 foram só sobre casos de trabalho infantil, totalizando 55% do total de ocorrências. Dessas ocorrências, 127 crianças estavam trabalhando diretamente, enquanto as outras 625 acompanhavam familiares. Todas elas, em sua maioria, tinham idade até 12 anos.
Vale ressaltar que o trabalho infantil
no Brasil é proibido para todos aqueles que ainda não têm 14 anos. E desta
idade aos 15 anos só é permitido se for como aprendiz, programa que insere os
jovens no mercado do trabalho se apoiando na Lei da Aprendizagem. Dos 16 aos 17
já se torna legalizado, contanto que não atrapalhe os estudos e que não seja em
condições insalubres e no horário noturno.
De acordo com os dados, o circuito Dodô,
na Barra-Ondina, foi o que apresentou mais casos de trabalho infantil, com 54%
do total. Esse circuito é considerado novo no carnaval de Salvador e tem um
percurso de aproximadamente 4,5 km, ligando as praias de Barra e Ondina.
O Observatório, durante o carnaval,
também acompanhou o atendimento em alguns Centros de Convivência, como o de
Teixeira de Freitas, no bairro de Nazaré, que abrigou crianças e adolescentes
que não tinham para onde ir enquanto seus pais trabalhavam nos circuitos.
Durante essas visitas, o órgão avaliou a qualidade dos locais e o tratamento
que esses jovens recebiam.
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