Descrição
para cegos: foto mostra uma menina escrevendo em um quadro negro. Ela
segura um giz em sua mão e parece estar concentrada. (Foto: Prefeitura Municipal de Itanhaém)
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Por
Clara Rezende
“Quanto
mais baixo o nível socioeconômico das escolas, menor o percentual
de crianças com aprendizado adequado em Leitura, Escrita e
Matemática”. Embora esse trecho seja impactante, é apenas um
indicador da educação brasileira e faz parte do levantamento divulgado, no fim de março deste ano, pelo movimento
Todos Pela Educação (TPE),
que
tem como base os resultados da
Avaliação Nacional da
Alfabetização (ANA), de
2014, que
analisou o desempenho
de alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, em todo o país.
De
acordo com os dados da pesquisa, dentre as crianças do nível
socioeconômico mais baixo da sociedade - cujas famílias têm renda
de até um salário mínimo - apenas 45,4% obtiveram resultados
adequados em leitura; 24,9% em escrita e 14,3% em matemática,
conforme os padrões estabelecidos pelo Ministério de Educação
(MEC).
Já
na camada econômica mais alta da sociedade, na qual a renda familiar
está acima de sete salários mínimos, os dados são bem diferentes
e chegam, na área de cálculo, a ser seis vezes maiores: 98,3%
atingiram um nível de conhecimento apropriado em Leitura; 95,4% em
Escrita e 85,9% em Matemática.
As
estatísticas apontam que a desigualdade também pode ser observada
por localidade, uma vez que as regiões Norte e Nordeste apresentaram
os menores índices percentuais de crianças com alfabetização
adequada. A diferença entre essas áreas e o Centro-Oeste, terceira
região com melhor desempenho, é, em todas as competências, igual
ou superior a 19 pontos percentuais.
O
MEC classifica a alfabetização como adequada se alunos do Ensino
Fundamental, ao concluírem o 3º ano e realizarem a ANA, atingirem
pelo menos 425
pontos em Leitura, 500 pontos em Escrita e 525 pontos em Matemática.
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