Descrição para cegos: na imagem há a sede do Conselho Tutelar - Região Norte, que possui cerâmica marrom, com um corrimão de ferro, uma rampa de acessibilidade e escadas. |
Por Magno França
Criado pela Lei 8.069/1990 no dia 13 de
julho, junto com o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, os Conselhos
Tutelares são órgãos municipais destinados a zelar pelo cumprimento dos
Direitos da criança e do adolescente conforme determina no ECA (art 131 a 140).
Em cada município
tem que ter no mínimo um conselho tutelar composto por cinco conselheiros
titulares e cinco suplentes eleitos pela comunidade local com o mandato de quatro
anos, sendo permitida uma recondução mediante novo processo de escolha conforme
a Lei nº 12.696, de 25 de julho de 2012. Ela altera os artigos 132, 134,
135 e 139 do ECA, para dispor sobre os Conselhos Tutelares. A posse dos
conselheiros tutelares, de acordo com ela, deve ocorrer no dia 10 de janeiro do
ano subseqüente ao processo de escolha.
Atualmente em
João Pessoa, existem sete conselhos tutelares: região norte, sul, sudeste,
praia, Cristo, Mangabeira e Valentina. Em visita a esses conselhos, pude
averiguar que em quase todos falta algo para um melhor funcionamento, a maioria
está com sua infra-estrutura comprometida, paredes com mofo precisando de
pintura, telhados com goteiras, falta de manutenção na parte elétrica e ar
condicionado, falta de mobiliários adequados, computadores, telefones, eletrodomésticos
e salas adaptadas para atendimentos. Percebe-se que a situação é precária e
precisa ter uma atenção melhor por parte do poder público, pois o trabalho de
atendimento às crianças, adolescentes e suas famílias é contínuo.
Para a
conselheira tutelar Cida Pontes, do Conselho Tutelar da Região Norte, “O
colegiado do Conselho Tutelar faz o necessário para dar andamento aos casos que
chegam até nós, precisamos saber ouvir, compreender, discernir, ter
habilidades, estudar, encaminhar e acompanhar cada caso para que possamos
requisitar os serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social,
previdência e segurança (art 136 do ECA). Pois cada caso tem direito a um
atendimento personalizado, que leve em conta suas particularidades e procure
soluções adequadas às suas reais necessidades”, relata.
A lei diz que
crianças e adolescentes devem ter prioridade absoluta, mas não é o que acontece
na prática. Os desafios são diários e o trabalho do conselheiro (a) é bastante
pesado para fazer valer a política do ECA, por isso cada um de nós é
responsável pela qualidade do conselheiro(a) que é posto no cargo para
representar sua comunidade, uma vez eleito ele (a) passa a ser porta voz para fiscalizar as
violações e as políticas voltadas para esse público.
Justo o que eu procurava sobre corrimão de ferro e serralheria bh. Muito obrigada!
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