Descrição para cegos: ilustração de uma família.
Da
esquerda para a direita: uma mãe, duas crianças e
um pai, todos de mãos dadas.
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Por
Raquel Pimentel
Segundo
o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), atualmente no Brasil existem mais de 7 mil
crianças e adolescentes, entre 1 e 17 anos, a espera de um lar, sendo apenas
4.855 disponíveis para adoção. No entanto, o que mais impressiona é o número de
pretendentes: mais de 37.500 pessoas estão cadastradas na lista de espera de
adoção. Apesar disso, a maior dificuldade para que essas
crianças sejam adotadas ainda são as exigências dos pretendentes a pais.
A
razão pela qual os números não batem está na escolha do perfil da criança. 20%
dos pais só aceitam crianças da raça branca, e apenas 44% não possuem
exigências quanto a raça. Outras características também são levadas em conta,
como o sexo da criança; a existência de irmãos, gêmeos ou não; idade e doenças
físicas ou mentais.
A
adoção no Brasil é realizada de forma muito simples, em apenas 6 passos. Primeiro,
é preciso cumprir as exigências: ter mais de 18 anos, ser 16 anos mais velho
que a idade da criança a ser adotada e não ser familiar da mesma. Em seguida, procurar
uma vara da infância para demostrar o interesse pela adoção. Terceiro: se
submeter a algumas entrevistas preliminares. Ao ser aprovado nas entrevistas,
segue-se para o quarto passo: participar de um curso sobre as necessidades
emocionais de uma criança adotiva. Em quinto lugar, ao encontrar a criança,
manter um tempo de aproximação e convivência. E, por último, recebê-la com
muito carinho como o novo membro do lar.
É uma triste realidade, infelizmente. Texto muito bom!
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