Foto: Arthur Medeiros. Descrição para cegos: foto mostra duas meninas, uma maior e outra menor, ambas de biquíni, em uma praia andando atrás de uma bola branca. |
O Artigo 31 da
Convenção dos Direitos da Criança, da ONU, propõe os direitos ao descanso e ao
lazer, assim como a participação de atividades lúdicas apropriadas à idade e a
participação livremente da vida cultural e das artes. O tempo livre da criança
proporciona a si mesma retorno de um autoconhecimento fundamental para a fase
adulta. O lazer saudável e supervisionado por responsáveis oferece à criança a
capacidade de usufruir de suas potências físicas, racionais e sociais, fazendo
que estas se desenvolvam normalmente ao longo da infância.
Brincar é o melhor caminho para uma educação integral. Seus benefícios para a criança incluem o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e de valores culturais, bem como a socialização e o convívio familiar.
Brincar é o melhor caminho para uma educação integral. Seus benefícios para a criança incluem o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e de valores culturais, bem como a socialização e o convívio familiar.
Quando uma criança brinca, ela entra em contato com suas
fantasias, desejos e sentimentos, conhece a força e os limites do próprio corpo
e estabelece relações de confiança com o outro. No momento em que está
descobrindo o mundo, ao brincar testa suas habilidades e competências, aprende
regras de convivência com outras crianças e com os adultos, desenvolve diversas
linguagens e formas de expressão e amplia sua visão sobre o ambiente que a
cerca. Brincando, brincando, constitui sua identidade sem se basear em um
modelo único (às vezes carregado de rótulos e preconceitos), pois tem a
oportunidade de experimentar as situações de maneiras diferentes daquelas
vividas no mundo “real”. Tudo isso enquanto se diverte.
A brincadeira ocupa um papel decisivo nas relações entre a
criança e o adulto. Atividades lúdicas em ambientes protegidos também diminuem
a exposição das crianças aos riscos sociais, e as instrumentalizam para
reagirem de forma saudável a situações complexas e ameaçadoras.
Apesar de o brincar ser um ato livre e espontâneo da
criança, é preciso que o adulto o potencialize para que alcance resultados mais
profundos. Não se trata de, apenas, “deixar brincar”, como se a espontaneidade
realizasse a plenitude do brinquedo. A mediação do adulto pode prolongar o
caminho trilhado pela criança. E essa função mediadora requer preparação. É
preciso resgatar a dimensão lúdica do adulto, muitas vezes esquecida ou
recusada. Profissionais da educação infantil, especialmente, devem contar, em
seus cursos de formação, com meios que os possibilitem reviver a brincadeira em
si próprios.
O resgate da dimensão lúdica torna o adulto mais sensível
aos processos de desenvolvimento da criança, aproximando a teoria que estudaram
da prática que deve ser exercida. A partir dessa vivência, esses profissionais
se sentem aptos a atuar como mediadores no brinquedo e em outras atividades
infantis.
De Mônica Mumme, Márcia Mamede e Marco Figueiredo, retirado do site do CECIP e editado por Arthur Medeiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por participar. Seu comentário será publicado em breve.