quarta-feira, 29 de abril de 2015

Quem vai deter o Estado Islâmico?


Descrição para cegos: foto mostra quatro mãos de crianças
segurando grades.


Por Marília Cordeiro


O sequestro e recrutamento de crianças tem se tornado umas das mais recorrentes táticas de guerra de grupos como Estado Islâmico (EI) e Boko Haram. Segundo a ONU, essas estratégias estão sendo utilizadas de forma sistemática para aterrorizar, submeter e humilhar comunidades.
Segundo o último relatório do Comitê dos Direitos da Criança das Nações Unidas, a maioria dos crimes são cometidos contra menores de idade. Meninas são vendidas como escravas sexuais, jovens com deficiência mental atuam como homens bomba, crianças são crucificadas ou enterradas vivas. Tudo em nome do poder e do extremismo religioso.
O relatório também cita que grande parcela tem morrido de desidratação, fome ou calor. Alguns jovens são usados para propaganda nas mídias do Estado Islâmico, onde aparecem fardados convidando pessoas de todo o mundo para se juntarem ao grupo.
Quando assunto é guerra, entra em pauta a escassez de direitos básicos. De acordo com a Unicef, das 14 milhões de crianças e jovens que sofrem com os conflitos no Oriente Médio, 2 milhões estão situadas em áreas onde a ajuda humanitária não tem acesso. Não estudam, não se alimentam adequadamente e estão a mercê de abusos e doenças.

Esses grupos extremistas continuam suas marchas contra as forças que, segundo eles, são infiéis, recrutando e preparando uma geração para erguer a bandeira de uma fé distorcida. Para as crianças que convivem com essa realidade, a guerra e a brutalidade é tudo que conhecem, para os adolescentes e jovens, o terror determina o futuro.

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