quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Debate tratou da representação do jovem na mídia




Descrição para cegos: foto dos 6 palestrantes durante o evento. Da esquerda para a direita, Aline Oliveira, Junior Pinheiro, Janaína Santos (falando ao microfone) e Felipe Gesteira.
Por Feliphe Rojas

Juventude, Vulnerabilidade Social e Cobertura Midiática foi tema de mesa redonda ocorrida no Centro de Comunicação, Turismo e Artes da UFPB na última terça-feira. O evento foi promovido pela Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) do Estado e contou com exposições da gerente operacional de Equidade Racial da Secretaria de Diversidade Humana, Janaina Santos, do editor-chefe do jornal A União, Felipe Gesteira, do diretor executivo de Desenvolvimento Estudantil da Secretaria de Educação do Estado, Tulhio Serrano, da subeditora do G1 Paraíba, Aline Oliveira, e do subeditor do caderno de Cidades do Correio da Paraíba, Júlio Silva. O debate foi mediado por Júnior Pinheiro, representando a UFPB.

A representante da Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana, Janaina Santos, destacou a maneira negativa como a juventude negra é representada. "Se um jovem negro vem correndo na rua, logo dizem que ele está fugindo da polícia e se o jovem negro está parado na esquina, logo ele é visto como suspeito. O que precisamos é mudar esse estereótipo que a mídia passa para a sociedade", afirmou.
Felipe Gesteira, editor-chefe do jornal A União, por sua vez, citou a importância de uma regulação da mídia pois, segundo ele, há uma fragilidade na concessão pública dos veículos de comunicação e, portanto, a violência contra jovens e minorias sociais é banalizada. “Se há espaço na grande mídia para veicular tanto interesses de empresários e políticos quanto a difusão de conteúdo que banaliza a violência e desqualifica as minorias sociais em nome da audiência, a exemplo de programas policiais, é porque existe uma concessão pública que permite tal prática”, destacou.
O diretor executivo de Desenvolvimento Estudantil da Secretaria de Educação do Estado, Tulhio Serrano, repudiou a maneira como o jovem é retratado na mídia, sempre como um problema. “Nesse debate a gente analisou como a mídia trata o jovem e o que ele representa realmente para a sociedade. Acredito que a mídia tem que rever esse conceito e tratar o jovem como solução e futuro da nação”.
A subeditora do site de notícias G1 Paraíba, Aline Oliveira, falou do esforço feito pelo seu veículo de comunicação para retratar a juventude de uma maneira positiva. “Nossa equipe trata com muita sensibilidade temas transversais e temos o cuidado com a violação de direitos de qualquer jovem que esteja em situação de vulnerabilidade social, seja uma vítima ou agente da violência. Não é nosso papel julgar ou denegrir a imagem; nosso compromisso é com a informação”, esclareceu.
O subeditor do caderno de Cidades do jornal Correio da Paraíba, Júlio Silva, destacou que a imprensa tem o papel de cobrar o bom funcionamento da sociedade para que a juventude tenha seus direitos garantidos. “As instituições precisam funcionar bem, para que a juventude tenha acesso a direitos fundamentais, como educação e saúde. Nós, comunicadores, temos a responsabilidade de construir isso por meio da informação, fazendo um jornalismo diferenciado”.

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