domingo, 19 de junho de 2016

Capitães da Areia retrata crianças em situação de rua

Descrição para cegos: mostra um fundo preto e, com letras brancas,
o título "Capitães da Areia".

Por Júlia Brito

O romance Capitães da Areia, escrito pelo baiano Jorge Amado e publicado em 1937, conta a história de um grupo de crianças e adolescentes, denominados capitães da areia, que moram juntos em um trapiche, na praia. O livro é um retrato da sociedade baiana do século XX e denuncia os problemas de menores que moram nas ruas.

Mostrando uma imprensa tendenciosas, a corrupção de policiais e os maus tratos sofridos no reformatório, Jorge Amado apresenta ao leitor a situação de crianças, de origens diferentes, que se uniram ao serem marginalizadas.
Mesmo tendo sido publicado há tanto tempo, a temática do romance ainda é bem atual. O abandono, falecimento dos pais ou responsáveis e abusos são alguns dos fatores que fazem com que o número de crianças e adolescentes que moram nas ruas aumente.
Mas crianças de rua agora têm direitos assegurados em lei. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é dever da família, da sociedade e do poder público garantir os direitos “à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”.
Apesar das cenas em que os capitães da areia cometem delitos, o foco maior do romance de Jorge Amado é mostrar essas crianças como vítimas de uma sociedade desigual.
Em 2011, o livro Capitães da Areia foi adaptado para o cinema com a direção de Cecília Amado e Guy Gonçalves.

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