segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A educação da criança com síndrome de Down

Fonte: Foter. Descrição para cegos: foto mostra uma criança com
síndrome de Down e com a língua para fora e batendo palmas.

Por Lucas Lourenço

Criar filhos é algo que divide opinião entre os pais. Há aqueles que julgam necessárias atitudes enérgicas como um puxão de orelha ou uma “palmada pedagógica”, outros afirmam que uma conversa franca e posições firmes são a única forma de educar a criança para a vida. Mas, como devem agir os pais de uma criança com síndrome de Down? O fato de ter um filho com deficiência exige um tratamento diferenciado?
Dar uma educação inclusiva e cidadã a criança com necessidades específicas é um grande desafio, isso porque é comum que alguns familiares e pessoas que cercam essas crianças tendam a tratá-las como pessoas limitadas ou até mesmo as absolvam dos erros cometidos devido à sua condição. Mas é neste ponto que reside o problema: crianças com síndrome de Down precisam de limites assim como qualquer outra. O fato de terem nascido com um cromossomo extra não dá o direito das pessoas sentirem pena, muito menos criarem visões estereotipadas para a criação delas.

Segundo o item sete da cartilha “10 Coisas que Todo Mundo Precisa Saber sobre Síndrome de Down”, pessoas com a síndrome não devem ser tratadas como coitadinhas. Nascer com uma deficiência não é uma tragédia, nem uma desgraça, é apenas uma das características da pessoa.
Ter uma deficiência não significa ser incapaz ou um coitado; significa sim ter algumas limitações e um ritmo diferente para realizar determinadas coisas, assim como todas as outras pessoas têm. O fato é que o ato de educar não reside em uma fórmula predefinida, ele perpassa pela sensibilidade do educador, pelas experiências individuais e, principalmente, pelas oportunidades que são dadas à criança.
Segundo artigo da bióloga Paula Louredo, publicado no site Brasil Escola, os cuidados com uma criança que possui a síndrome de Down não se diferenciam em nada com os destinados a crianças que não têm essa síndrome. Especialistas recomendam aos pais que estimulem a criança a ser independente, conforme cresce. Ela deve ser tratada com naturalidade, respeito e carinho. 
Se você é pai ou mãe de uma criança com síndrome de Down, não conceda a seu filho carta branca para o erro só porque ela tem a trissomia 21. Impor limites é umas das maiores provas de amor que você pode dar. A independência dele depende das suas decisões como educador. Então, cabe a você garantir um futuro feliz para seu filho, para que ele tenha consciência dos direitos e deveres de um cidadão. 

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