terça-feira, 24 de maio de 2016

A educação transformadora em Escritores da Liberdade

Descrição para cegos: mostra um fundo preto e, com letras brancas,
o título em inglês do filme "Freedom Writers".

Por Júlia Brito

       Lançado em 2007, o filme Escritores da Liberdade (Freedom Writers, em inglês), baseado em fatos reais, retrata a história da professora Erin Gruwell, interpretada por Hillary Swank, e dos alunos da sala 203 do Colégio Woodrow Wilson.
Devido a uma política de integração (o filme se passa em 1994), a escola recebe alunos que, além de terem notas bem abaixo da média da escola, fazem parte de gangues, têm passagem por reformatórios e familiares com problemas com a lei.



Com dificuldades para conseguir a atenção dos alunos, e sem o apoio da coordenação da escola, a professora Gruwell passa a aplicar métodos não-convencionais de ensino. O principal deles é a distribuição de diários em branco para que cada aluno fale sobre a sua realidade, conte sua própria história, tenha sua voz ouvida.
        O filme demonstra como a educação pode ser um elemento de transformação enquanto aborda temáticas como racismo e envolvimento de adolescente com gangues.
        Por mais que fossem pouco tradicionais, os métodos da professora Gruwell impactaram os alunos de forma positiva. Em uma das cenas, ela faz um paralelo entre o racismo sofrido pelos estudantes e o Holocausto, o que desperta naqueles adolescentes o interesse por uma época marcante para a história mundial e que também termina por incentivar a tolerância entre eles. Alguns deles fazem parte de gangues rivais, mas veem o espaço da sala como um porto seguro, como é dito por uma das personagens.
        Com duas horas de duração, Escritores da Liberdade mostra o empenho de uma professora contra um sistema de educação injusto e preconceituoso para ensinar alunos em situações sociais muito complicadas e as mudanças significativas ocorridas através dos ensinamentos em sala, que não se resumem a textos ou equações para decorar, mas falam de tolerância, inclusão e o papel do educador.
        Os relatos dos alunos reais da sala 203 foram organizados em um livro publicado em 1999 com o título Diários dos Escritores da Liberdade.
       

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