domingo, 22 de maio de 2016

Nem sempre é um conto de fadas

Descrição para cegos: foto mostra várias pessoas fantasiadas de princesas e
príncipes de contos infantis, como Branca de Neve, Cinderela e Bela Adormecida.


Por Heloysa Andrade

        Uma pesquisa realizada pela universidade de Duke, situada na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, mostrou que filmes da Pixar, Disney e outros que que trabalham para o público infantil, reforçam as desigualdades sociais mostrando-as como naturais e benignas, insinuando a riqueza como um mérito do indivíduo.


A socióloga Jessi Streib, autora do estudo, verificou 36 filmes infantis para averiguar quais eram as classes sociais das personagens em suas representações e como estavam ligadas à pirâmide social, se ascendiam ou descendiam. Os resultados apresentados foram que dentre 67 personagens principais, 38 eram da classe alta ou média alta, 11 personagens eram da classe proletária e apenas três personagens estão situados nas categorias sociais mais baixas.
As dificuldades econômicas dos personagens dos filmes analisados são minimizadas e até esquecidas.
Nos contos de fadas, geralmente os protagonistas se apaixonam por pessoas da mesma classe social. Mas, quando o romance envolve personagens de classes diferentes, não há nenhum conflito que envolva as desigualdades sociais, diferente da realidade. E eles são felizes para sempre!
Os valores são legitimados pelas historinhas em que todo empregado é feliz servindo ao seu patrão e as lutas do jovem pobre são comparadas com as lutas da princesa que quer escolher suas próprias roupas.



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