sábado, 1 de julho de 2017

Até onde eu posso confiar?

Descrição para cegos: cartaz do fime 
que apresenta uma menina deitada
 abraçada ao travesseiro com apenas 
metade do rosto à mostra. O fundo 
é preto e acima aparece o nome do
 filme: “Confiar” com uma mão
 simulando um mouse clicando nele
Por Raquel Pimentel

      Esse é o questionamento que fica após assistir ao filme Confiar, de Andy Bellin e Robert Festinger. O filme relata a história de uma adolescente, Annie, interpretada por Liana Liberato, que vive o conflito da puberdade, acreditando que ninguém em sua casa a entende. É nessa realidade que Annie começa a se relacionar com um garoto de 16 anos, Charlie, que conheceu na internet.
      Quando seus pais viajam, Annie marca um encontro escondido com o rapaz, mas ao chegar descobre que ele não é um garoto de 16 anos, e sim um homem adulto que a leva para um motel e tem relações com ela. A princípio Annie acredita que estão apaixonados e que tudo que aconteceu foi natural, mas, só depois percebe que Charlie parou de responder seus emails, e já não fala com ela. Sua amiga Brittany ao perceber a situação conta tudo ao conselho da escola que logo chama o FBI e os pais da garota.

        Annie nega toda a situação afirmando que permitiu o que aconteceu e que ele não era pedófilo, eles só estavam apaixonados. Após sofrer bullying na escola, e até tentar suicídio, ela descobre as reais intenções de Charlie, e como ele já abusou de outras três meninas. Só então a adolescente aceita a situação e decide ajudar o FBI.

        Um filme muito interessante para reflexão dos pais quanto à liberação do uso da internet sem controle para crianças e adolescentes. De forma fria o filme relata a realidade de inúmeras meninas e meninos que caem nas armadilhas de criminosos virtuais e nem sequer percebem a gravidade do que lhes acontece, como o caso de Annie. Além disso, relata a fragilidade psicológica em que as vítimas de abuso e engano são lançadas, e a necessidade da atenção das famílias para comportamentos estranhos nos levando realmente ao questionamento, até onde podemos confiar na autonomia das crianças e adolescentes nas redes sociais?

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